quarta-feira, 30 de março de 2016

O grande dia

Então o dia D chegou e foi muito mais tranquilo do que eu esperava.
Nosso voo era uma jornada, saindo às 14h40 de sábado de Porto Alegre e chegando em Toronto às 14h do domingo. Vou tentar contar como foi tudo em detalhes, então o post será longo... :)

Chegamos no aeroporto com 3h de antecedência pois tínhamos que despachar o Black e nos avisaram para chegar cedo. Foi bom também porque levamos nossas coisas em caixas e a TAM pediu para abrir todas as caixas para revisar. Então dica para quem vai levar caixas, chegue com tempo (e paciência).

Ficamos fácil 30 minutos fazendo o check-in. Ela começou com a documentação do Black, revisou o Certificado e pediu uma cópia do atestado. Ainda bem que quando fomos fazer o Certificado, a pessoa que nos atendeu no Ministério da Agricultura disse que às vezes a companhia aérea pede cópia do atestado e ele fez uma cópia para a gente. Mais uma dica, fiquem com uma cópia do atestado veterinário! Pelo visto, era a primeira vez que ela fazia o despacho de um animal, pois tudo ela perguntava para uma colega, eu achei super demorado, mas... Depois ela fez o check-in em si, viu os vistos americanos e me perguntou sobre a passagem de volta e eu disse que não tinha pois estava imigrando para o Canadá, que ela podia ver o visto de imigrante. Ela estava bem insegura e perguntou para a outra se podia mandar a gente assim mesmo sem passagem de volta. Ainda bem que a outra disse que achava que sim porque senão ela ia escutar... hehehe. Enquanto isso, o Eduardo estava com um outro funcionário da TAM abrindo e pesando as caixas. Depois do check-in, ainda conseguimos ficar um bom tempo com o Black e só despachamos ele antes de entrar no raio x, 40 minutos antes do voo.

Como a regra de despacho de animal da TAM é de retirar o animal em conexões com mais de 6h, fizemos uma parada em GRU de 6h20min. Foi bem tranquilo retirar o Black, passamos no check-in nacional da TAM e eles localizaram o Black, só foi demorado alguém ir buscá-lo. Foi super bom para ele (e para nós) essa parada, pois pudemos alimentá-lo, dar água, passear e, além disso, conseguimos nos despedir da família do Edu em São Paulo. Com essa parada, o Black estava bem e a gente tranquilo por ter conseguido ver ele. Fomos despachá-lo novamente na parte internacional 2h antes do voo. E aí fica minha terceira dica, cheguem mais cedo. Mesmo com tudo pronto, foi uma loucura porque a mulher não achava o NOTOC (que é o documento para transporte de animal) e não sabia o que fazer, ficou super perdida. Ficamos quase 1h lá até ela conseguir falar com o portão e achar o documento. Depois disso, ainda tive que entregar a caixa na bagagem fora do padrão. Só não tivemos que correr, porque a imigração em São Paulo estava bem vazia, mas entramos no raio x faltando 1h para o voo.

Eu estava tão cansada que nem jantei, dormi, apaguei. O Eduardo ainda conseguiu ver um filme. O vôo teve um pouco de turbulência e eu só pensava como o Black estava...

Enfim, chegamos em Nova Iorque para nossa conexão, a fila da imigração estava gigante e demorou horrores (1h), falamos que estávamos imigrando para o Canadá e tínhamos um cachorro, foi bem tranquilo (eu nunca tive problema nos EUA) e quando chegamos para pegar nossa bagagem, o Black já estava esperando e chorando muito, muito agitado também. Tivemos que passar pela aduana, o cara só olhou o certificado do Black, e depois tivemos que entregar as caixas e o Black nas bagagens especiais. Esperamos um funcionário do aeroporto ir nos buscar, deixamos as caixas no check-in da TAM, e passamos pelo raio x com ele para poder entregar o Black. Só tiramos ele da caixa para inspecionarem a caixa, ele estava agitado demais, eu sabia que ele queria fazer xixi e tomar água, mas não tinha onde. Depois do raio x, o cara levou o Black para o portão para despachar ele e eu só consegui dar um pouco de comida, nada de água para o coitado.

O vôo para Toronto atrasou. Chegamos 1h depois do previsto. Eu estava super preocupada com o Black e louca para que as a imigração fosse rápida.

Quando chegamos, perguntamos para mulher em qual fila deveríamos entrar (visitors ou canadenses) e ela nos mandou para a fila de canadenses! :) No Boarder Control, tivemos que mostrar os passaportes com visto e a declaração de aduana. Falamos que estávamos imigrando, ela perguntou o que estávamos trazendo porque marcamos que sim na opção frutas, sementes e animais, falamos que trazíamos um cachorro, ela escreveu no papel DOG, e quanto de dinheiro, pois marcamos que tínhamos mais de $10mil. Ela perguntou se tínhamos bebida ou tabaco, e a gente disse que não. Outra dica, cuidado com os limites no Canadá de álcool e tabaco, os produtos proibidos e declarem tudo que trouxerem, vimos um oriental na aduana com carne e eles queriam cobrar dele $400 se ele pagasse na hora ou $800 se ele pagasse depois! Melhor declarar tudo!

Fomos depois para a salinha de vidro que é onde todos os imigrantes (temporários ou permanentes) são encaminhados. Lá eles nos pediram os passaporte, o papel de confirmação de residente permanente e o CSQ. Fez algumas perguntas (como se já havíamos sido condenados de um crime ou se tínhamos algum dependente, se íamos morar no Quebec, endereço, etc.) e depois disse que ela tinha que checar as informações, pediu para que sentássemos. Juro que ela foi tão rápida que só deu tempo de conectar na internet do aeroporto, avisar às famílias que tínhamos chegado e nossos amigos que estavam esperando e ela nos chamou. Explicou o que precisávamos fazer para manter o status de residente no Canadá, pediu para que assinássemos a documentação e voilá... Welcome to Canada! Dica para quem chega durante a semana, aproveitem e já façam o NAS  (Numéro d'Assurance Social ou em inglês, Social Insurance Number - SIN) no aeroporto. Como chegamos no final de semana estava fechado. Pegamos uns guias para novos imigrantes e saímos correndo para pegar o Black.

Ele estava latindo menos que em Nova Iorque, provavelmente porque tinha feito xixi na caixinha, mas estava todo triste e chorando, provavelmente com medo. Passamos na aduana e foi bem burocrático. Entregamos o formulário para o cara, ele olhou e perguntou quanto de dinheiro trazíamos, ele só digitou e pronto. Perguntou sobre os bens que íamos trazer depois, ele revisou, digitou, tirou cópia e nos entregou uma cópia, e falou claramente que qualquer coisa que não estivesse ali e entrasse depois teríamos que pagar imposto. Por isso, próxima dica, façam a lista bem detalhada de tudo que virá depois, mesmo que depois vocês decidam não trazer. Eu perguntei sobre valores que queria transferir depois e ele disse que seriam somente bens que chegariam depois. Depois disso, ele fez a documentação do Black, um fomulário que tivemos que preencher (vou ser sincera que não pesquisei se na internet tem esse formulário, para agilizar, mas ele fez na hora), olhou o certificado, tivemos que pagar a taxa de inspeção que foi $30 + tax (deu $3,90 de taxa). Dica, quem for levar animal, tenham CAD em mãos. E depois disso ele nos liberou.

Saímos, aliviados (principalmente o Black)! O coitadinho estava há horas sem beber água, quando soltamos ele no estacionamento do aeroporto, ele saiu caminhando parecia que não ia parar nunca e tomou quase meio litro de água. Depois que entramos no carro para ir até Montreal, ele já estava mais tranquilo e acabou até dormindo na viagem.

sexta-feira, 18 de março de 2016

Declaração de Porte de Valores

Faltando 8 dias para o Dia D, estamos fazendo bastante coisas nos últimos dias.
Hoje foi o dia de fazer a declaração de porte de valores, caso você vá sair do país com mais de 10 mil reais em dinheiro (independente da moeda). Lembrando que esse valor é por CPF, então cada pessoa pode levar em espécie até 10 mil reais.

A declaração é bem simples de ser feita, todas as informações sobre a mudança da declaração, que passou a ser eletrônica agora, estão no site da Receita Federal, pode ser acessada aqui.

Você encontra a declaração eletrônica aqui, é só selecionar o tipo de declaração (no nosso caso, Declaração de Saída de Valores) e criar uma nova declaração. Vão perguntar o meio de transporte e o valor/moeda que está levando. Depois, é necessário preencher os seus dados (nome, CPF, passaporte) e vôo, data e local de saída do Brasil. Lembrando que é de saída, ou seja, da cidade que você está deixando o Brasil. Caso tenha um trecho interno no Brasil, não conta. Salva e transmite.

Você receberá a mensagem de que precisa ir até a fiscalização aduaneira e apresentar os valores.

No site da Receita (aqui) você encontra também as informações de como preencher. Achei super tranquilo!

segunda-feira, 7 de março de 2016

Seguro Saúde - Minha opção pela Croix Bleue

Como começaram a questionar nos fóruns do Facebook sobre o seguro e comentaram no blog para fazer uma postagem sobre isso, resolvi escrever hoje sobre o seguro que escolhi.

Vou ser bem sincera que não pesquisei MUITO sobre o seguro, vi alguns principais, inclusive alguns que foram recomendados como os melhores seguros internacionais pelo Melhores Destinos (falo aqui sobre esses seguros) e acabei levando os seguintes pontos para tomar decisão:
- Preço (todo centavo conta nessas horas);
- Valor da cobertura;
- Se as despesas eram por reembolso ou não.

Acabei optando pela Croix Bleue por ser o menor valor que encontrei e porque eles pagam diretamente a hospitalização, não como em alguns lugares que é feito via reembolso e que poderiam nos levar a falência caso a gente precise de hospital.

A Croix Bleue tem um plano específico para novos imigrantes, vocês podem ver mais informações aqui. São informações oficiais do plano. O menor plano deles é de 50mil CAD. Eu acabei optando por uma opção de 100mil CAD. Além de hospitalização, médico de urgência, ainda inclui reembolso de dentista de urgência e viagem.

Tentei achar alguém que tivesse usado o plano, mas não achei ninguém. Gostaria de saber mais informações sobre como foi usar o plano.

O post foi rápido, mas esse e um ponto que eu pesquisei bem pouco mesmo!

sábado, 5 de março de 2016

Só 21 dias...

E o tempo voa...
Faltam 21 dias para a nossa viagem... E parece que não vai dar tempo de fazer tudo...

Voltamos das férias (que foram para descansar mesmo) e tinham vários envelopes do Canadá para a gente, foi aquele frio na barriga e a volta para essa realidade que sim vamos partir em breve. Já com seguro na mão, extrato do banco canadense.

Ontem foi nosso último dia de trabalho e as despedidas começaram. Li em algum blog (agora não vou lembrar) para começar as despedidas cedo, para dar tempo de ver todas as pessoas. Achei essa dica bem importante e já fizemos as nossas. Claro que na véspera da viagem convidei os amigos  mais próximos e familiares para virem aqui em casa.

Essa semana vamos focar nos últimos médicos (que estavam de férias!) e no resto da burocracia.